quinta-feira, 16 de agosto de 2012

COMPREENSÃO

Estou começando a descobrir esta palavra. É toda onomatopaica, visual, cheiro macio, comível, digerível... É preciso degustar bem na boca. É preciso que penetre na corrente sanguínea. Depois ela sai pela ponta dos dedos, pelos cotovelos, joelhos, poros..., bem flexível. Ai a gente começa a modelar usando os cinco sentidos. Se a consoante inicial for bem esticadinha, tal qual uma meia-lua, ela abraça o mundo. A outra consoante sobe, desce, mamulengando, preparando o próximo pulo, impulso. E cai rodopiando em espiral, que se estica, estica... E vira som...são... Vira megafone. E quanto mais a gente mexer, brincar, formar bola, esticar em tiras, em cordas de pular, mais maleável e grudadeira das coisas do mundo ela fica.

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