quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

ALMA LINDA


Doces dias
de frio e de sul,
Aquecidos por tua alma,
Tão linda, tão quente,
Pelo fogo de tua mente
Que ardia naqueles campos
Cativa de tua gente.

Tuas asas abria,
Mas o céu não existia.

Das entranhas brotou
A poesia que deu vida,
Que deu luz ao meu mundo,
Que regou,
Que adubou,
Que conduziu os meus dias,
Tão longos, tão ternos
E tão cheios de cor

Na busca incessante
De um céu prá voar
Tua alma guerreira
Espaços abriu,
E voou..., e voou...,
E me carregou
Nas asas tão fortes,
Tão bravas,
Tão mães.

Ah!
Minha linda Almerinda,
Tua alma tão linda
Eu sei o que esconde por trás deste olhar,
Um mundo de sonhos sonhados comigo,
Buscados no cheiro daquela erva-mate,
Sorvida nas tardes tão doces, tão suaves,
Trazendo o perfume de uma noite de paz.